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A era das ideias e o paradoxo da inteligência artificial

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“Ideia não vale nada.” Essa frase, comum no mundo dos negócios e startups, sempre me incomodou profundamente. Ela sugere que apenas a execução tem valor, como se ideias fossem um commodity barato e não a base para se realizar qualquer coisa. Ironicamente, a inteligência artificial pode vir a confirmar isso.

Em um texto no Medium, o designer Francesco Bertelli contou como criou um aplicativo funcional gastando apenas 200 dólares, apenas conversando com IA, sem escrever uma linha de código (técnica chamada de vibe coding). Essa experiência revela um novo paradigma. Quando o domínio de técnicas e ferramentas deixa de ser obstáculo, é o pensamento claro e a comunicação eficaz que se essenciais. Afinal, se você não souber o que quer e como pedir, nem uma máquina que supostamente faz tudo poderá te ajudar.

O co-fundador da OpenAI, Sam Altman, escreveu um post no blog da empresa, entitulado “A “Singularidade Suave”,em que falou da era dos idea guys, pessoas de ideias, cujo valor está exatamente na capacidade de imaginar, decidir e se expressar com precisão. As ferramentas de IA podem dar protagonismo àqueles que sabem pensar e comunicar suas ideias e visões. Parece uma revolução libertadora. Finalmente, as ideias ganhariam o reconhecimento que merecem. Porém, há um paradoxo nessa promessa.

Enquanto celebramos a democratização da criação, estudos neurológicos do MIT mostram que o uso prolongado de IA pode enfraquecer nossa conectividade neural associada à criatividade e ao raciocínio. Em troca de conveniência, delegar o pensamento para as máquinas pode nos levar a uma perda de capacidade crítica.

A maior parte das pessoas usa IA para compressão, para transformar textos longos em resumos rápidos, para acelerar processos. Só que nossa mente precisa de tempo de imersão cognitiva para absorver conceitos. Quando corremos atrás de comprimir tudo, acabamos não aprendendo nada.

Para essa era das ideias vingar, precisamos usar IA para potencializar nossas habilidades humanas. As ideias sempre tiveram valor, agora temos ferramentas que podem materializá-las. Para isso, precisamos manter nossa capacidade de pensar, questionar e imaginar.

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