Por Catarina Duarte — Ponte Jornalismo
A família de Marcos Peixoto da Silva Júnior, de 22 anos, passou 13 horas sem informações sobre o paradeiro do jovem após uma abordagem da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Marcos diante de uma moto caída, rendido e com o rosto ensanguentado [veja vídeo abaixo]. A mãe do entregador, Rosângela dos Santos Corrêa, de 43 anos, só conseguiu saber para onde o filho havia sido levado na manhã desta quarta-feira (4/12), após passar a madrugada toda peregrinando por delegacias e hospitais.
Rosângela conta que, por volta das 21h de terça-feira (3/12), foi informada por amigos de Marcos de que ele teria sofrido um acidente, sem mais informações sobre o ocorrido. Uma mensagem compartilhada num grupo de WhatsApp, no entanto, dizia que ele havia sido baleado numa abordagem policial. A mãe foi até o local indicado, próximo ao cruzamento da avenida Itaquera com a avenida Aricanduva, no bairro da Vila Matilde, Zona Leste de São Paulo, mas não localizou o filho.
Lá, Rosângela ela, encontrou várias viaturas e policiais militares, além da motocicleta de Marcos. Os PMs teriam dito que o jovem sofreu “escoriações” e tinha sido levado para atendimento médico. “O policial falou que ele foi para um postinho. Perguntei onde era e ele disse que não podia dar a informação”, afirma ela. Os agentes teriam se limitado a dizer a Rosângela que, após o atendimento, ele seria levado ao 66º Distrito Policial (Vale do Aricanduva).
Desespero da família
“A gente foi à delegacia, nos hospitais. Liguei para todos os hospitais para saber se ele deu entrada e em nenhum ele estava. Na delegacia que o policial falou que ele ia, ele não deu entrada”, conta. A mãe diz que não foi informada pelos policiais sobre como o filho se feriu, nem o motivo da abordagem. “Me falaram que todas as respostas eu teria na delegacia”, conta.
No vídeo em que Marcos aparece ensanguentado, é possível ouvir uma pessoa que se identifica como cabo Hudson dizer que dois homens estavam roubando nas proximidades “com um simulacro” — objeto que se assemelha a uma arma. Além de Marcos, um outro homem aparece no vídeo rendido. A Ponte não obteve informações sobre ele.
Rosângela passou a noite angustiada até descobrir o paradeiro do filho esta manhã, por volta das 10h, quando enfim teve um retorno do 53º Distrito Policial (Parque do Carmo). Segundo ela, uma atendente informou que Marcos passou a noite na delegacia e teria sido levado de manhã ao Fórum Criminal da Barra Funda para passar por audiência de custódia. A Ponte checou a informação com o 53° DP.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) também confirmou que Marcos foi apresentado para audiência de custódia.
O que dizem as autoridades
A Ponte procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) para saber as razões da abordagem e sobre o procedimento em relação à informação da família, mas não teve retorno até a publicação deste texto. Caso haja, ele será atualizado.
*Com colaboração de Jeniffer Mendonça
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