Rebeldes contrários ao governo de Bashar al-Assad chegaram às divisas de Damasco, capital da Síria, na noite deste sábado, 7, com o objetivo de tomar o controle da cidade. Desde o último sábado, eles têm avançado por cidades estratégicas do país. O exército sírio, que tentou conter os radicais e recebeu ajuda da Rússia e do Irã, abandonou a cidade de Homs, a 160 quilômetros da capital, que foi tomada nesta manhã. Membros do exército teriam deixado o local de helicóptero.
As informações foram divulgadas pelas agências internacionais de notícias Reuters e Associated Press. A autoria dos ataques é reivindicada pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), principal agente dos ataques. O grupo nasceu a partir de uma ramificação da Al-Qaeda. No sábado passado, 30, eles tomaram Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. Na última quinta, 5, chegaram a Hama, e neste sábado, mais cedo, cercaram Homs. Todas essas cidades são consideradas estratégicas, seja pela localização, seja pelas rotas em direção a países vizinhos.
Além dessas cidades, outras também foram tomadas pelo HTS, fechando o caminho de uma eventual fuga de Assad pelo Mar Mediterrâneo. Um dos principais líderes do grupo jihadista, Abu Mohammed al-Golani, emitiu um comunicado neste sábado afirmando que o HTS estaria prestes a tomar toda a Síria e que “o fim desse governo criminoso está próximo”.
As informações veiculadas por mídias internacionais têm mostrado certo apoio popular aos radicais que ameaçam derrubar o governo sírio. A guerra civil no país se arrasta desde 2011, ano em que ocorreu a Primavera Árabe, movimento de contestação ao governo que permanece no poder há 24 anos. No entanto, o conflito passou por momentos mais brandos e agora vive uma nova escalada com o avanço do HTS, que tomou as principais cidades do país na última semana — e pode, agora, assumir também o controle de Damasco, depondo o governo de Assad.
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