Os contribuintes cearenses repassaram mais de R$ 47 bilhões em impostos para os governos federal, estadual e municipais em 2019. A informação é do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), captada às 11h desta terça-feira (31). O valor é 7,30% maior do que o registrado em 2018, quando foram arrecadados cerca de R$ 43,8 bilhões em impostos.
Já os contribuintes de Fortaleza pagaram até esta terça-feira mais de R$ 20 bilhões aos cofres públicos. O resultado é 3,62% maior do que no ano passado, quando foram arrecadados na Capital cerca de R$ 19,3 bilhões em impostos. Em todo o País, os brasileiros pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos às mãos dos governos federal, estaduais e municipais em 2019. Num ano com elevada taxa de desemprego, o brasileiro recolheu 4,69% a mais de impostos aos cofres públicos do que recolheu em 2018, quando o fisco ficou com R$ 2,388 trilhões.
Recorde
Marcel Solimeo, economista da ACSP, classifica como recorde o valor retirado dos bolsos dos contribuintes, especialmente pelo baixo crescimento e indefinições que circundam a economia brasileira. Trata-se, de acordo com ele, de uma marca expressiva e resultante de uma carga tributária elevada para o País, se comparada à renda do brasileiro.
Acredito que a carga tributaria nos próximos anos deva permanecer alta. Possivelmente, o único fator que pode colaborar com a diminuição dos tributos é o controle nos gastos. Caso não haja esse esforço, o Brasil continuará tendo impostos elevados. O pior é que nada disso retorna à população”, critica Solimeo.
O economista relembra que há cinco anos o Impostômetro fechou em R$ 1,9 trilhão. Trata-se de um salto de R$ 600 bilhões em meia década. Para ele, o único caminho para melhorar essa diferença de R$ 600 bilhões passa por uma melhor gestão das contas públicas.
O que se poderia fazer com o valor
Com os R$ 2,5 trilhões que o brasileiro pagou de impostos em 2019 poderia se comprar 2,7 milhões de apartamentos de 124 metros quadrados com três quartos, uma suíte e duas vagas na garagem em Campestre, bairro privilegiado, com ruas calmas e bastante arborizadas em Santo André, na Região do ABC Paulista.
Com esse dinheiro, afirmam os economistas da ACSP, uma pessoa poderia receber 50 salários mínimos por mês durante 4,5 milhões de anos. Renderiam, se aplicados em caderneta de poupança, juros de R$ 20,2 milhões por hora e R$ 336,8 mil por minuto.
Compraria 7 milhões de unidades do carro BMW M2 e 5,8 bilhões de cestas básicas. Finalmente, para transportar esse dinheiro em notas de R$ 100,00, seriam necessários 826 contêineres de 20 pés ou 6,096 metros.
Deixe seu Comentário