Se ainda não se instalou, a segunda onda da Covid-19 está batendo às nossas portas. Em São Paulo, as internações pela doença na rede municipal saltaram 26% na última semana. Diante desse cenário, especialistas criticam a decisão do governo estadual de deixar para o fim do mês a revisão do plano de medidas de isolamento. No Rio a situação é semelhante. A ocupação dos leitos de UTI da rede municipal da capital e privada no estado passou de 90%, fazendo com que a prefeitura mandasse um alerta às unidades de saúde recomendando a reativação de espaços destinados aos infectados pelo coronavírus. (Folha)
O Brasil registrou ontem 754 mortes por Covid-19, segundo o consórcio de veículos de comunicação. A média móvel de óbitos nos últimos sete dias subiu para 584, o que confirma a tendência de alta. E não é só por aqui. O mundo teve na quarta-feira 11.099 mortes, o recorde em um único dia desde o início da pandemia. Nova York, um dos epicentros da doença nos EUA, voltou a fechar as escolas devido ao aumento de casos.
Diante da segunda onda, haverá vagas suficientes nos hospitais? Será necessário restringir novamente as atividades econômicas? Há risco de a letalidade ser maior? Confira as respostas de especialistas para estas e outras perguntas. (Globo)
Enquanto isso, o governo federal segue confuso. No início da manhã de ontem, o perfil do Ministério da Saúde no Twitter publicou uma nota defendendo o isolamento social e enfatizando que não há, no momento, vacina ou remédio para a doença. As orientações, corroboradas pela comunidade científica, vão na contramão do que defende o presidente Jair Bolsonaro. O tuíte foi retirado do ar, e, em nota, o ministério disse que ele continha “informações equivocadas”, atribuídas a um “erro humano já corrigido”.
Mas nem tudo são más notícias. A Pfizer anunciou nesta quarta-feira a conclusão da terceira fase de testes de sua vacina contra a Covid-19. A análise preliminar dos dados indica uma eficácia de 95%, acima dos 90% que a própria empresa divulgara na semana passada. Desenvolvida em parceria com o laboratório alemão BioNTech, a vacina tem um problema de logística que preocupa os especialistas: precisa ser armazenada e transportada a -70º C.
No Brasil, a Pfizer comunicou ter apresentado ao governo federal uma proposta para vacinação de “milhões de pessoas” no primeiro semestre de 2021, mas sem informações de valores. A Anvisa publicou ontem no Diário Oficial da União uma norma que simplifica a análise para registro de imunizantes.
E São Paulo recebeu na quinta-feira as primeiras 120 mil doses da CoronaVac, produzidas na China.
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