O Peru erradicou mais de 6 mil hectares de plantações ilegais de coca somente no primeiro semestre deste ano, informou o governo na sexta-feira. Um dos maiores produtores mundiais da matéria-prima da cocaína, peruanos dão continuidade a política de combate ao tráfico de drogas e pretende reduzir ainda mais atuação criminosa no país.
“Um total de 6.032 hectares de plantações ilegais de coca destinadas à produção de drogas foi eliminado até o momento”, informou o Ministério do Interior em um comunicado. Autoridades locais afirmam que área erradicada impediu a produção potencial de 55,2 toneladas de cloridrato da substância ilícita.
— Seguimos comprometido com a luta contra a pobreza, a corrupção, a desigualdade, a insegurança e o narcoterrorismo — enfatizou Boluarte na manhã de sexta-feira em uma cerimônia pública.
Segundo a Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Vida sem Drogas (Devida), as áreas cultivadas com plantas de coca em 2022 totalizam 95.000 hectares, em comparação com 80.000 hectares em 2021. Ainda conforme a organização, seis milhões de peruanos usam a folha de coca para consumo legal.
O cultivo de folhas de coca é legal no Peru quando usado para fins tradicionais ou medicinais, mas 90% da produção anual é dedicada ao tráfico de drogas. Os remanescentes dos guerrilheiros maoístas do Sendero Luminoso protegem o comércio ilegal, asseguram as forças policiais, que ainda não conseguiram derrotá-los.
Ao todo, entre legais e ilegais, o país produz cerca de 400 toneladas de cocaína por ano, de acordo com organizações internacionais. Ao lado da Bolívia e depois da Colômbia, é o maior produtor mundial de folha de coca.
Em 2023, cerca de 100 toneladas de drogas foram apreendidas e incineradas, em dados oficiais da polícia, que desmantelou 119 organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas.
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