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Chiquinho Brazão deve deixar prisão hoje (12) para cumprir pena domiciliar com tornozeleira | Política

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), deve deixar a prisão ainda neste sábado, para a cumprir pena em regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A informação foi confirmada a CBN pela defesa do parlamentar.

Preso desde março do ano passado, Brazão está atualmente detido no presídio federal de Campo Grande. Na última sexta-feira, 11, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o deputado cumpra pena em casa, no Rio de Janeiro — a decisão atende a pedido da defesa em razão de problemas de saúde do parlamentar, de 63 anos, que sofre de doença cardíaca e diabetes.

Além da obrigação de usar tornozeleira eletrônica, a ordem de Moraes proíbe Brazão de acessar as redes sociais, conceder entrevistas à imprensa, receber visitas (exceto de advogados e familiares) tentar comunicação com outros investigados no caso Marielle.

Chiquinho Brazão e o irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, estão presos desde março de 2024 sob acusação de encomendar a morte de Marielle Franco. A vereadora foi assassinada a tiros em 14 de março de 2018, no centro da capital fluminense, ao lado do motorista, Anderson Gomes.

No mesmo mês da prisão, o diretório nacional do União Brasil decidiu pela expulsão de Chiquinho do partido. Também no ano passado, foi aberto na Comissão de Ética da Câmara um processo de cassação contra o parlamentar — durante a tramitação, mesmo preso, ele seguia participando das sessões legislativas à distância e recebendo salário como deputado.

Segundo inquérito da Polícia Federal, os irmãos Brazão teriam ordenado a morte de Marielle devido a disputas sobre regularização de terrenos na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A vereadora atuava para investigar e punir as milícias que controlam território na periferia carioca, incluindo grupos com os quais Chiquinho e Domingos teriam ligação.

Os nomes dos irmãos Brazão chegaram à PF a partir da delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar que confessou a morte de Marielle e Anderson. Também foi preso o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, acusado de obstrução da Justiça para proteger os supostos mandantes do crime.

Chiquinho Brazão deve deixar prisão hoje (12) para cumprir pena domiciliar com tornozeleira | Política
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