Complexo de Israel (RJ) amanhece sem Estrela de Davi pela primeira vez em cinco anos | Rio de Janeiro

Imagens feitas pelo repórter aéreo Léo Vieira no local nesta manhã mostram o local sem os símbolos e bandeiras que eram usados na região. Uma das marcas de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe da facção Terceiro Comando Puro, é a imposição da sua própria religião. Ele chegou a ordenar o fechamento de igrejas na região.

O símbolo, iluminado por luzes de LED e visível a quilômetros de distância, era utilizado por Peixão, que se declara evangélico e fundamentalista religioso, para firmar seu domínio sobre o Complexo de Israel.

A operação dessa terça-feira também resultou na destruição do chamado “resort do tráfico”, um imóvel de luxo construído a mando de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe da facção Terceiro Comando Puro e um dos criminosos mais procurados do estado.

Desde o início da manhã desta terça, equipes da polícia utilizaram maquinário pesado para demolir a mansão, que contava com academia, piscina e outras instalações de luxo.

Localizado em Parada de Lucas, o espaço conhecido como “Resort Green” possuía lago particular com carpas, deck, areia de praia, coqueiros e pedras naturais. Havia ainda churrasqueira, minicampo de futebol e ambientes climatizados.

De acordo com as autoridades, a construção era irregular e ocupava uma área de preservação ambiental, causando destruição de vegetação nativa e alteração de um curso d’água.

O secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou à CBN que o resort representava um símbolo de ostentação de poder por parte da facção criminosa. Ele disse que a Polícia Civil do Rio é capaz de prender Peixão e que os próximos passos envolvem ações de inteligência para localização do criminoso e para atingir o nervo financeiro da organização.