O servidor público de Água Boa, no Vale do Rio Doce, preso pela morte da menina Yara Karolaine Neves, de 10 anos, confessou à Polícia Civil o crime. A criança estava desaparecida desde o último dia 4, após sair de casa para visitar uma amiga, e teve o corpo encontrado quatro dias depois, na zona rural de São Pedro do Suaçuí, cidade que fica a 70 km de distância.
Segundo o delegado Marceleandro Clementino da Silva, responsável pelas investigações, o suspeito, de 57 anos, foi localizado a partir de informações de uma testemunha, que viu a menina entrando num carro branco. Após análises de câmeras de segurança, os policiais verificaram movimentações estranhas de um veículo da prefeitura, na data em que Yara sumiu.
Conforme a Polícia Civil, ao ser preso, o homem, num primeiro momento, negou o crime. Depois, ele confessou que estrangulou a menina por medo dela contar sobre uma tentativa de abuso sexual. Em seguida, ele tentou ocultar o corpo o jogando em uma área de lago. O delegado Marceleandro Clementino, porém, afirma que ainda não é possível confirmar se a criança sofreu violência sexual.
“Ele já teve um relacionamento pretérito com a mãe da menina, mas não longíquo, que foram dois encontros com a mãe da menina. E ele já a conhecia, por isso que possivelmente ela entrou no carro. Ele falou que a convidou para comer uma pizza na casa e que tentaria talvez manter alguma relação com ela. Só que isso ainda não tem nenhuma linha de investigação nesse sentido, por conta, que o corpo foi encontrado em avançado estado de putrefação e por mais que tenhamos feito a coleta de DNA para crimes sexuais, talvez a gente não tenha certeza se isso venha da resposta”, disse.
Após a prisão, o servidor foi conduzido para um presídio da região. A CBN ainda não localizou a defesa dele para um posicionamento. Dois carros da Secretaria Municipal de Saúde de Água Boa também foram apreendidos para análise pela perícia técnica.
A prefeitura de Água Boa publicou uma nota de pesar pela morte da criança e decretou luto oficial por três dias na cidade. Na nota, o município diz que confia no trabalho da polícia e que está empenhada “em colaborar com as autoridades competentes para que este crime bárbaro seja elucidado o mais rapidamente possível e os responsáveis punidos com todo o peso da lei”.
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