A Suprema Corte dos Estados Unidos por seis votos a três retirou a decisão de juízes federais contra a legalidade da ordem executiva do presidente Donald Trump de limitar a cidadania por direito de nascimento. Ele busca uma mudança na forma como a Constituição entende o tema, em algo que afetaria milhares de bebês.
A decisão não afeta apenas o caso, mas outros que envolvem liminares estaduais contra políticas do governo americano. Isso porque a decisão foi de limitar o poder dos juízes em liminares nacionais.
Segundo os ministros, a decisão dos juízes ‘provavelmente excede a autoridade equitativa que o Congresso deu aos tribunais federais’.
O governo havia feito um pedido emergencial para que os juízes retirem as liminares dos juízes federais em Maryland, Washington e Massachusetts. Eles bloquearam essa diretriz de Trump em todo o país, considerando que viola a linguagem de cidadania contida na 14ª Emenda da Constituição dos EUA.
A ordem foi assinada no primeiro dia do republicano no cargo. Ela instruía agências federais a se recusarem a reconhecer a cidadania de crianças nascidas nos Estados Unidos que não tenham pelo menos um dos pais que seja cidadão americano ou residente permanente legal.
Suprema Corte dos Estados Unidos. — Foto: Reprodução/Wikipedia
Através disso, segundo contestação por parte de organizações sociais e procuradores, mais de 150 mil recém-nascidos teriam a cidadania negada.
Trump levou o caso para a Suprema Corte afirmando que os juízes não teriam autoridade para determinações nacionais. Esses argumentaram que o governo americano violava a emenda de 1868 que estabelece cidadania as ‘pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos e sujeitas à sua jurisdição são cidadãos dos Estados Unidos e do estado em que residem’.
Por outro lado, o governo Trump alega que a 14ª emenda não se estende a imigrantes ilegalmente no país ou mesmo aos legais, porém de forma temporária – caso de estudantes ou com visto de trabalho.
De maioria conservadora (são seis contra três mais progressistas), a Suprema Corte já deu à Trump algumas decisões favoráveis importantes sobre a política de imigração desde que ele retornou ao cargo, entre elas a possibilidade de encerrar o status legal temporário de milhares de pessoas de outros países.
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