A família do presidente Jair Bolsonaro e seus principais aliados ainda estão fazendo as contas e tentando compreender o resultado das eleições municipais. Mas, ao menos no segundo turno, o presidente virou anticabo eleitoral. Candidatos que vão enfrentar a esquerda no dia 29 evitam seu apoio público. Em Fortaleza, o Capitão Wagner (PROS), que Bolsonaro citou numa live, afirma que não deseja ‘nacionalizar’ a campanha. Ele disputa com um aliado do pedetista Ciro Gomes.
O mesmo se dá em Porto Alegre, onde Sebastião Melo (MDB) terá uma disputa dura com Manuela D’Ávila. A avaliação é de que Bolsonaro atrapalha mais que ajuda. O padrão se repete por todo o país com raras exceções. É o caso de Marcello Crivella (Republicanos), que coincidentemente não tem um adversário de esquerda e sim Eduardo Paes, do DEM. Isolado e com alta rejeição, Crivella quer um engajamento maior do presidente. O PT já acenou com apoio a Paes, o deputado federal Marcelo Freixo, do PSOL, idem.
Então… O resultado ruim pegou de surpresa mesmo a família Bolsonaro. Esperavam que Carlos, o Zero Dois, tivesse entre 150 e 200 mil votos, conta Bela Megale. Teve 71 mil. E a mãe dos três mais velhos, Rogéria, terminou como a 229a vereadora em número de votos no Rio.
Não foram só Carlos e Rogéria. Além deles, no Brasil todo, 76 candidatos se lançaram com o sobrenome Bolsonaro. Zero Dois foi o único eleito.
A derrota do presidente foi feia, a comparação do movimento atual dos partidos com outros momentos da história para indicar como pode se desenhar a corrida presidencial. Há pistas sobre 2022?
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