Fortaleza receberá um novo voo com 80 brasileiros deportados dos Estados Unidos na manhã desta sexta-feira (9). A chegada da aeronave está prevista para às 9h no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Os repatriados serão recepcionados pela ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Macaé Evaristo.
Em seguida, os brasileiros serão encaminhados para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG), em Confins, com previsão de chegada às 15h, em avião disponibilizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Esse é o sétimo grupo que retorna ao País desde que Donald Trump assumiu novamente a Casa Branca. O último voo com a mesma finalidade ocorreu na Capital no último dia 24 de abril, quando foram recebidas 84 pessoas que foram expulsas dos Estados Unidos.
É esperada a presença de representantes da secretaria de Direitos Humanos do Ceará (Sedih) para contribuir com a recepção humanizada dos cidadãos.
Até agora, o Brasil recebeu 612 repatriados entre os meses de fevereiro e abril deste ano, em operações organizadas pelo Governo Federal, com foco no retorno seguro de brasileiros em situação de vulnerabilidade no exterior, principalmente nos Estados Unidos.
Conforme o Ministério, as ações incluem garantir apoio logístico para o deslocamento até os estados e cidades de origem, distribuir lanches e kits de higiene, realizar atendimentos de saúde e suporte psicossocial.
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Acolhimento
Em cumprimento a uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) informou que irá participar de mais uma operação interministerial para a recepção humanitária de brasileiros deportados.
Em Fortaleza, o acolhimento será realizado no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM). Já em Confins, os repatriados serão recebidos em uma sala exclusiva e adaptada, com infraestrutura de apoio providenciada pelas concessionárias Fraport e BH Airport.
Conforme comunicado do ministério, a ação visa proporcionar um “acolhimento digno e humanizado” aos cidadãos que retornam ao Brasil.
“A operação reforça o compromisso do país em assegurar a dignidade e a proteção dos direitos humanos e contará com atendimento especializado e articulado por equipes do Governo Federal e de órgãos estaduais, garantindo apoio logístico para deslocamento até os estados e cidades de origem, além de contato com familiares e, quando necessário, oferta de acolhimento temporário para que os repatriados possam recomeçar suas vidas com segurança e assistência”, detalhou em nota o MDHC.
De acordo com o ministério, o governo oferece os serviços humanitários na recepção dos brasileiros repatriados, entre eles:
- Alimentação e kits de higiene;
- Atendimento de saúde e suporte psicossocial;
- Orientações sobre direitos e encaminhamentos para serviços públicos;
- Apoio logístico para deslocamento até as cidades de origem;
- Contato com familiares e, se necessário, acolhimento temporário.
A operação é coordenada em parceria com os Ministérios da Saúde (MS), do Desenvolvimento e Assistência Social Família e Combate à Fome (MDS), das Relações Exteriores (MRE), da Defesa (MD) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), além da Polícia Federal, governos estaduais e das concessionárias aeroportuárias Fraport Brasil e BH Airport.
Mudança de voos para Fortaleza
Desde o início de fevereiro, o governo federal escolheu Fortaleza como o destino de todos os voos com deportados brasileiros dos Estados Unidos a partir de então, e não mais Belo Horizonte, como vinha sendo feito.
A opção pela capital cearense teve razões estratégicas e baseadas no Direito Internacional. Como os deportados são algemados, um aeroporto no litoral permite que os passageiros fiquem o menor tempo possível nessa condição em território nacional, o que é vedado pela legislação brasileira.
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