Com Igor Mello
Quatro assessores de crédito do ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciados com ele por envolvimento no esquema de fraude em cartões de vacina contra a Covid-19, receberam juntos ao menos R$ 493,9 milénio em salários, com moeda público, entre agosto de 2023 e janeiro de 2024, segundo levantamento da pilastra realizado em portais da transparência.
Mauro Cid, Sergio Rocha Cordeiro e Max Guilherme Machado de Moura foram presos em maio do ano pretérito por envolvimento no caso, enquanto Marcelo Costa Câmara foi recluso em fevereiro deste ano, culpado pela PF de estar envolvido no planejamento de um golpe de Estado.
Cid, Cordeiro e Moura foram colocados em liberdade em setembro e são monitorados até agora por tornozeleira eletrônica. Cid confessou sua participação no esquema para fraudar o sistema de saúde. No caso de Câmara, a PF aponta uma série de dados que demonstram porquê ele auxiliou o ex-ajudante de ordens no caso. Câmara permanece recluso.
Outrossim, segundo as investigações, os assessores de Jair Bolsonaro que o acompanharam posteriormente a saída da presidência da República emitiram cartões de vacinação fraudulentos na véspera de diferentes viagens que fizeram para atuar na segurança do ex-presidente nos EUA do término de dezembro de 2022 até março de 2023. Na colaboração premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, afirmou que os certificados falsos serviam para “viagens”. Cid recebeu R$ 113,5 milénio em salários porquê coronel do Tropa.
No caso de Max Guilherme, a PF verificou que ele obteve, pela primeira vez, no “Conecte Sus” um registro com dados falsos no dia 26 de dezembro de 2022. No dia seguinte, 27 de dezembro de 2022, ele viajou aos EUA para esperar a chegada de Bolsonaro que ocorreria três dias depois. Ele retornou ao país no término de janeiro e, novamente, em 13 de março de 2023, viajou para escoltar o ex-presidente.
No entanto, uma semana antes, no dia 8 de março do ano pretérito, obteve outro certificado falso de vacina, segundo os registros de chegada do sistema de saúde. Max é sargento da Polícia Militar do Rio e, mesmo doado, recebeu R$ 63,4 milénio da PM. Ele ainda ganhou mais R$ 34,6 milénio para assessorar Bolsonaro.
Já o capitão do Tropa Sérgio Cordeiro emitiu cinco atestados falsos de vacinação entre dezembro de 2022 e março de 2023. O “Conecte Sus” registrou chegada de Cordeiro no dia 23 de dezembro de 2022 para chegada a um cartão falso de vacinação. Ele viajou para os EUA com Bolsonaro, alguns dias depois, em 30 de dezembro.
Um mês depois, Cordeiro emitiu novo certificado, quando retornou ao Brasil. O procedimento se repetiu em 13 de março, quando foi uma vez mais cuidar da segurança de Bolsonaro na Flórida, já que o ex-presidente ainda estava fora do país.
Cordeiro foi o que mais recebeu entre os assessores de Bolsonaro, um totalidade de R$ 162,7 milénio — R$ 88,3 milénio porquê militar e outros R$ 74,3 milénio porquê assessor do ex-presidente.
Pelo uso dos certificados ilegais, todos eles foram indiciados pela prática do delito de uso de documento falso. Outrossim, Cid e Câmara foram indiciados pela prática do delito de inserção de dados falsos em sistema de informações. Todos também foram indiciados por associação criminosa.
Marcelo Costa Câmara recebeu ao menos R$ 114,9 milénio no período analisado pela reportagem. O valor se refere aos seus pagamentos porquê militar da suplente — os valores recebidos por ele porquê assessor de Bolsonaro, posto que ocupou até outubro de 2023, não foram localizados pela reportagem no Portal de Transparência da União.
PF cobrou valores de Anderson Torres
A PF fez um processo administrativo disciplinar (PAD) contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e determinou a restituição do salário e dos valores de auxílio-alimentação do período em que ele esteve recluso no ano pretérito, entre janeiro e maio de 2023. No totalidade, foi pedido um valor de R$ 87 milénio. Torres entrou com um recurso na Justiça Federalista de Brasília e conseguiu uma suspensão da regra de restituição dos valores.
Resguardo Jair Bolsonaro
O legisperito Paulo Bueno que atua na resguardo de Bolsonaro peticionou junto ao STF questionando o vazamento de dados do relatório policial para a prensa alegando que pediu cópias do procedimento e foi informado pelo cartório responsável de que o mesmo não havia tomado ciência ainda do despacho do ministro. Por isso, solicitou esclarecimentos.
Resguardo de Cordeiro e Câmara
O legisperito Luiz Eduardo Kuntz emitiu nota nesta terça-feira (19) pedindo chegada à colaboração de Cid e de outros dados que, segundo ele, ainda não foram cedidos à resguardo.
“Somente após ter chegada integral a esses elementos é que a Resguardo irá se manifestar de forma mais completa e assertiva, acreditando ser possível, sempre com o devido acatamento, provar os equívocos que permearam a interpretação da poder policial para o indiciamento dos investigados, o que, certamente, desaguará na ausência de elementos para que o procurador-geral da República ofereça denúncia”, informa Kuntz, por nota.
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