Metade da população LGBTQIAP+ de favelas sofreu discriminação no trabalho

Um levantamento do Grupo Conexão G revela que metade da população LBGTQIAP+ que mora nas favelas cariocas já sofreu alguma forma de discriminação sexual ou de gênero durante o trabalho. Muitas dessas ocorrem, inclusive, dentro das comunidades.

De harmonia com pesquisadores do estudo, os moradores LBGTQIAP+ das favelas cariocas ficam, quando vítimas de homofobia, praticamente desamparados sob o opressão do transgressão organizado.

Os pesquisadores foram a 60 comunidades e ouviram 1.705 pessoas LGBTQIAP+ durante um ano e meio. A informação é do G1.

ASSÉDIOS

De harmonia com a pesquisa, 80% das mulheres que se declararam lésbicas afirmaram que foram vítimas de assédio sexual, enquanto 60% dos homens gays relataram assédio moral.

O levantamento revela ainda que 23,5% dos entrevistados declararam já terem sofrido assédio sexual e 25,5%, afronta psicológico.

POLÍCIA

O levantamento também mediu o impacto das ações policiais no dia a dia da população LGBTQIAP+ que vive em favelas cariocas. 70% disseram terem ficado impossibilitados em alguma ocasião de ir para mansão em decorrência de operações policiais.

Dos entrevistados, 48,28% já sofreram violência em uma abordagem policial e 47,80% tiveram suas moradias invadidas. Outrossim, 24,28% contaram que se sentiram ameaçadas em uma abordagem policial por sua identidade de gênero ou orientação sexual.

EMPREGO

O mercado de trabalho para os moradores LGBTQIAP+ de favela também foi analisado pelo estudo. E 65% das mulheres trans ou travestis responderam que são ou já foram profissionais do sexo.

Outro oferecido alarmante é que 41% dos entrevistados contaram que nunca tiveram carteira assinada, e os trans são os que mais têm dificuldade e 31% recebem menos de um salário mínimo mensal.

RAÇA

53% se declararam negros;
24%, brancas;
13%, amarelas;
9%, indígenas;
1% não respondeu.

SAÚDE

Com relação à saúde, o estudo aponta que 28% dos homens trans entrevistados disseram que o posto médico em suas comunidades não distribui os medicamentos que precisam.