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Netanyahu defende massacre em Gaza após protestos contra seu governo em Israel

Por Daniela Arcanjo 

(Folhapress) — Em seguida protestos maciços em diversas partes de Israel contra o governo neste término de semana, o primeiro-ministro do Estado judeu, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento neste domingo no qual defendeu a ininterrupção da guerra na Fita de Gaza, disse estar comprometido com o retorno dos reféns e afirmou que zero vai impedir a invasão de Rafah, último refúgio para mais de 1 milhão de palestinos.

As maiores manifestações do país desde que o Hamas invadiu Israel e matou muro de 1.200 pessoas, iniciando a guerra, reuniram dezenas de milhares de pessoas em Tel Aviv e pediram o retorno dos sequestrados pelo grupo terrorista durante o atentado.

Para Bibi, porquê o político é espargido, quem coloca em xeque os esforços do governo para libertar os réfens “está equivocado e está fazendo com que outros se enganem”. Aqueles que “conhecem a verdade e ainda repetem esta peta causam uma agonia desnecessária às famílias dos reféns”, afirma ele.

Manifestantes exigem que governo Netanyahu faça acordo com Hamas para libertação imediata dos reféns (Reuters)

Manifestantes exigem que governo Netanyahu faça conformidade com Hamas para libertação imediata dos reféns (Reuters)

“Porquê primeiro-ministro de Israel, estou fazendo tudo e farei tudo para trazer nossos entes queridos para lar”, diz ele, para quem a melhor forma de resgatar os sequestrados é por meio de uma combinação de pressão militar e negociações. “Seus entes queridos são nossos entes queridos.”

Novas eleições paralisariam negociações por reféns, diz Netanyahu

Netanyahu aproveitou para se proteger politicamente ao declarar que a convocação de eleições agora, porquê pedem alguns manifestantes, estagnaria o país por oito meses. “Isso paralisaria as negociações para a libertação dos nossos reféns e poria término à guerra antes que seus objetivos fossem alcançados”, afirma ele. “O primeiro a festejar isso seria o Hamas.”

Às vésperas de completar seis meses de guerra com o grupo terrorista no devastado território palestino, Israel viu familiares de reféns se juntarem aos manifestantes contra a atual governo neste sábado. Eli Albag, pai de uma sequestrada, disse que não haveria mais protestos no lugar em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv, rebatizado porquê Terreiro dos Reféns devido às manifestações que ocorrem semanalmente ali desde outubro.

Protesto gigantesco em Israel: manifestantes pedem queda de Netanyahu e novas eleições para que 134 reféns sejam libertados pelo Hamas (Reuters)

Protesto gigantesco em Israel: manifestantes pedem queda de Netanyahu e novas eleições para que 134 reféns sejam libertados pelo Hamas (Reuters)

“Oriente é o último sábado em que estaremos cá”, disse ele, segundo o jornal Times of Israel. “Não nos encontraremos mais cá, estaremos nas ruas.”

Para o porta-voz do Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, Haim Rubinstein, os protestos foram um ponto de viradela nesses seis meses de manifestações.

“Esta noite é zero menos do que um divisor de águas na luta para repor os 134 sequestrados e sequestradas que estão morrendo nos túneis do Hamas. As famílias estão fartas”, afirmou ele na rede social X. “Tudo explodiu numa noite, quando todos juntos entregaram uma mensagem clara a Netanyahu: Não permitiremos que você impeça um conformidade!”

Bibi alega que Israel está mostrando flexibilidade nas negociações. “Estou comprometido a trazer todos os reféns para lar, homens e mulheres, civis e soldados, vivos e aqueles que foram mortos. Não deixaremos ninguém para trás. E, com a ajuda de Deus, vamos conseguir juntos. Vamos vencer”, concluiu o primeiro-ministro em seu exposição.

Houve confronto entre manifestantes e militares em cidades como Tel Aviv, capital do país, onde ocorreu o maior protesto contra Netanyahu desde o início do massacre (Reuters)

Houve confronto entre manifestantes e militares em cidades porquê Tel Aviv, capital do país, onde ocorreu o maior protesto contra Netanyahu desde o início do massacre (Reuters)

As manifestações continuam neste domingo, quando milhares se reuniram em frente ao Knesset, plenário sediada em Jerusalém que nesta semana votou pelo recesso anual de 8 de abril a 18 de maio, causando consternação em segmento da sociedade israelense.

O protesto questiona principalmente a decisão de isentar estudantes ultraortodoxos — segmento da coalizão de Bibi — do serviço militar, obrigatório para homens e mulheres no país.

“As luzes do gabinete de Netanyahu estão acesas há uma semana (…) para prometer que os ultraortodoxos possam continuar fugindo do recrutamento, apesar da guerra”, afirmou o líder da oposição, Yair Lapid, em frente ao prédio do Legislativo, segundo o Times of Israel.

“Se um centésimo, um milésimo, dessa eficiência organizacional tivesse sido dedicada aos reféns, aos deslocados, à gestão da guerra ou à economia, nossa situação seria completamente dissemelhante. Mas só há uma coisa importante para Netanyahu –permanecer no função”, afirmou.

Netanyahu defende massacre em Gaza após protestos contra seu governo em Israel
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