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Operação da Polícia Civil mira suspeitos de participação no crime

 

A Polícia Social do Rio de Janeiro realizou, na manhã desta segunda-feira (4), uma operação para satisfazer mandados de prisão temporária de 30 dias contra dois suspeitos de participação no assassínio do jurista Rodrigo Pelágico Crespo. Entre os alvos, está um policial militar, que seria segurança de um herdeiro do jogo do bicho. Outro suspeito estava lotado na Plenário Legislativa do Estado (Alerj).

O transgressão ocorreu na última semana, quando o jurista foi atingido por disparos à luz do dia, no Meio do Rio de Janeiro. O sítio era próximo às sedes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e da Defensoria Pública.

A operação de hoje procura o policial militar do 15º BPM (Duque de Caxias) Leandro Machado da Silva, de 39 anos, e Eduardo Sobreira Moraes, de 47. Também são cumpridos mandados de procura e inquietação em endereços ligados a eles, já considerados foragidos. A sede do batalhão de Duque de Caxias é um dos alvos.

A investigação ainda procura esclarecer o mandante e a motivação do transgressão e aponta que Eduardo Moraes participou do monitoramento da vítima. O PM teria zelo da logística do transgressão.

As investigações apontam ainda que pelo menos dois carros foram utilizados no assassínio. Um deles foi apreendido na cidade de Maricá, na Região Metropolitana do Rio. A informação é do jornal O Mundo.

Foto: Reprodução

Logística da morte do jurista

Segundo aponta a Polícia Social, jurista saiu de vivenda, na Rua Nascente da Saudade, na Lagoa, zona sul carioca, pela manhã, e foi para o Meio da cidade num sege de aplicativo, sendo seguido por Eduardo, que estava em um Gol branco.

O veículo onde estava Eduardo permaneceu parado na Avenida Marechal Câmara até 14h27, horário em que foi substituído por outro sege. Neste, estava o facínora, que ficou no sítio até o momento do transgressão.

Um dos carros, segundo informações da TV Mundo, pertence a uma locadora de automóveis na Taquara, na zona oeste do Rio, e foi devolvido três dias posteriormente o transgressão.

Segurança de rebento de transgressor

O PM Leandro Machado, segundo a Polícia, atuaria uma vez que segurança de Vinícius Pereira Drummond, vice-presidente da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e rebento do falecido transgressor do jogo do bicho Luiz Pacheco Drummond, o Luizinho Drummond.

O policial também já foi investigado e recluso por homicídio, e suspeita de integrar uma milícia que atua em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense. O PM responde a um processo pela morte de outro varão, também em Duque de Caxias, ocorrida em 2020.

Leandro Machado da Silva (à esquerda) e Eduardo Sobreira Moraes (à direita): alvos da Polícia Social do Rio (Reprodução)

ALERJ

De contrato com o G1, Eduardo Sobreira Moraes, suspeito de monitorar Rodrigo Pelágico, foi nomeado para um função no Departamento de Patrimônio da Alerj três dias posteriormente o assassínio do jurista.

A nomeação foi assinada pelo presidente da Vivenda, Rodrigo Bacellar (União Brasil), e pelo deputado Rosenverg Reis (MDB) no dia 29 de fevereiro. As assinaturas dos dois parlamentares, no entanto, não quer expor necessariamente que eles teriam indicado Eduardo para o função.

A assessoria do deputado Rodrigo Bacellar informou que Eduardo Sobreira de Moraes já foi exonerado do função.

Jurisperito

O jurista Rodrigo Pelágico Crespo era sócio do escritório Pelágico e Lima Advogados. Ele atuava em um imbróglio judicial envolvendo a posse de uma mansão em Calheta do Reis, na Costa Verdejante. O imóvel é objectivo de disputa entre o jogador Richarlison, e seus sócios, contra o jurista Willer Tomaz, companheiro do senador Flávio Bolsonaro (PL–RJ). Crespo representava a WT Governo de Imóveis e Bens.

Crespo assumiu a resguardo de Willer Tomaz pela disputa da vivenda posteriormente o jurista Luis Felipe Salomão Rebento deixar o caso. Ele é rebento do ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e presidente da Corregedoria Vernáculo de Justiça (CNJ).

O que diz a PM?

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou que a Corregedoria Universal da Corporação apoia a operação da Polícia Social com relação ao homicídio do jurista.

Segundo a corporação, Leandro Machado já estava longínquo do serviço nas ruas por responder a um outro sindicância por participação em organização criminosa, tendo sido recluso preventivamente em abril de 2021.

A PM frisou ainda que Corregedoria já havia instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar em relação ao policial, que pode culminar com sua exclusão dos quadros da corporação.

Em nota, a resguardo de Vinícius Drumond disse que ele nunca manteve vínculo, seja profissional ou pessoal, com o policial militar Leandro Machado da Silva e negou que ele trabalhe uma vez que dirigente de segurança do mesmo.

“Rechaça veementemente qualquer suposição de provável relação com o brutal assassínio da vítima”, diz a nota.

Operação da Polícia Civil mira suspeitos de participação no crime
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