Por Cristina Camargo
(Folhapress) – A família de Marielle Franco ficou surpresa com a prisão do solicitador Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Social do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (24).
Ele foi recluso em operação surpresa da Polícia Federalista ao lado do deputado federalista Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e do mentor do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Domingos Brazão por suspeita de serem os autores intelectuais dos crimes de homicídio contra a vereadora e o motorista Anderson Gomes. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
Em entrevista à GloboNews, a mãe e a mana de Marielle, Marinete Silva e Anielle Franco, afirmaram que a relação com o solicitador era de crédito no início das investigações do transgressão.
A mãe da vereadora contou que ela e o marido ouviram do policial que a apuração era uma questão de honra para ele.
“É uma tristeza muito grande ver o nome dele nessa vasa”, disse Marinete. Ele foi um dos primeiros contatos da família em seguida os assassinatos.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur e ex-deputado federalista, também falou na manhã deste domingo sobre o suposto envolvimento de Rivaldo.
“Foi para Rivaldo que liguei quando soube do assassínio da Marielle e do Anderson e me dirigia ao sítio do transgressão”, disse Freixo, que era camarada da vereadora, ex-assessora dele.
Segundo o ex-deputado, o logo patrão da Polícia Social recebeu as famílias no dia seguinte, ao lado dele.
“Agora Rivaldo está recluso por ter atuado para proteger os mandantes do transgressão, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”.
Ele e Marielle eram próximos do solicitador na idade em que ele investigava homicídios no Rio. Segundo Freixo, Rivaldo chegou a frequentar o gabinete dele para dialogar sobre os casos.
Na foto principal, o flagrante do encontro do solicitador Rivaldo Barbosa com os pais de Marielle, quando prometeu elucidar o transgressão.
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