Por Jorge Abreu
(Folhapress) — Professores de universidades, centros de ensino tecnológicas e institutos federais das cinco regiões do Brasil decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira (15). A categoria exige reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% — a primeira ainda para levante ano e outras para 2025 e 2026.
A Andes-SN (Sindicato Vernáculo dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) afirma que, além da recomposição salarial dos professores, existe a premência de investimentos públicos nas instituições federais de ensino, diante da corrosão desses investimentos no governo pretérito, sob Jair Bolsonaro (PL).
“Necessitamos de uma reorganização da curso dos professores e de se ter um grande revogaço de medidas restritivas de direitos, de caráter retrocessivo, que foram implementados nos últimos anos, de natureza previdenciária, que tiraram direitos e afetam diretamente a aposentadoria, medidas que inibem o manobra do recta de greve, entre outras tantas”, disse Gustavo Seferian, presidente da Andes e professor de recta da UFMG (Universidade Federalista de Minas Gerais).
De congraçamento com o quadro do sindicato, três instituições ligadas à entidade já paralisaram as atividades. Na segunda, outras 17 entrarão em greve. Cinco anunciaram indicativos de greve (com previsão de paralisação) e oito estão em estado de greve (alerta de que podem entrar em greve).
Professores: negociações com MEC
Em nota, o MEC (Ministério da Ensino) informou que as equipes da pasta vêm participando da mesa pátrio de negociação, das mesas específicas de técnicos e professores instituídas pelo MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e da mesa setorial que trata de condições de trabalho.
“O MEC vem enviando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da ensino, sengo ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano pretérito, o governo federalista promoveu reajuste de 9% para todos os servidores”, diz o texto do governo Lula (PT).
Além das 69 universidades, a Rede Federalista de Ensino Profissional e Tecnológica é formada pelos institutos, Cefets (Centros Federais de Ensino Tecnológica, n o RJ e MG), pelas escolas técnicas vinculadas às universidades, pelo Escola Pedro 2º e pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federalista do Paraná).
Os professores aderem ao movimento iniciado por servidores técnico-administrativos em ensino no dia 11 de março, com participação de trabalhadores de 50 universidades e de quatro institutos. A categoria pede a renovação do projecto de curso dos cargos técnico-administrativos em ensino, incluindo a recomposição salarial.
A Andifes, que representa dirigentes de 69 universidades e os dois centros de ensino tecnológica, afirma que a greve dos professores “é um recta constitucional reservado aos trabalhadores e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar quanto à participação no movimento”.
Instituições ligadas à Andes em greve:
- Núcleo Federalista de Ensino Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG);
Instituto Federalista do Piauí (IFPI) - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)
- Universidade Federalista de Brasília (UnB)
- Universidade Federalista de Juiz de Fora (UFJF)
- Universidade Federalista de Ouro Preto (UFOP)
- Universidade Federalista de Pelotas (UFPel)
- Universidade Federalista de Viçosa (UFV)
- Universidade Federalista do Cariri (UFCA)
- Universidade Federalista do Ceará (UFC)
- Universidade Federalista do Espírito Santo (UFES)
- Universidade Federalista do Maranhão (UFMA)
- Universidade Federalista do Pará (UFPA)
- Universidade Federalista do Paraná (UFPR)
- Universidade Federalista do Sul da Bahia (UFSB)
- Universidade Federalista do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
- Universidade Tecnológica Federalista do Paraná (UTFPR)
Com deflagração/indicativo de greve depois dia 15:
- Núcleo Federalista de Ensino Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)
- Instituto federalista do Rio Grande do Sul (IFRS) – campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Jubiloso, Restinga, Rolante e Viamão
- Universidade Federalista de Sergipe (UFS)
- Universidade Federalista de Uberlândia (UFU)
- Universidade Federalista Rústico da Amazônia (UFRA)
Com indicativo/construção de greve aprovada sem data de deflagração:
- Universidade Federalista de Itajubá (UNIFEI)
- Universidade Federalista da Paraíba (UFPB)
- Universidade Federalista de Pernambuco (UFPE)
- Universidade Federalista do Piauí (UFPI)
- Universidade Federalista do Recôncavo da Bahia (UFRB)
- Universidade Federalista Rústico de Pernambuco (UFRPE)
- Universidade Federalista dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Em estado de greve:
- Universidade Federalista da Grande Dourados (UFGD)
- Universidade Federalista de São João del-Rei (UFSJ)
- Universidade Federalista do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
- Universidade Federalista Rústico do Rio de Janeiro (UFRRJ)
- Universidade Federalista de Santa Maria (UFSM)
- Universidade Federalista do Pampa (Unipampa)
- Universidade Federalista da Integração Latino-Americana (UNILA)
- Universidade Federalista de Mato Grosso (UFMT)
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