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Brasil inaugura nova base científica na Antártica nesta terça-feira

 Brasil reinaugura base na Antártica

A nova estação brasileira na Antártica será inaugurada nesta terça-feira (14), em uma cerimônia que tem início previsto para as 17h (horário de Brasília). O complexo de mais de 4,5 mil m² será entregue quase oito anos depois do incêndio que destruiu a base anterior. Pesquisadores brasileiros estão há mais de três décadas no continente.

O vice-presidente Hamilton Mourão embarcou nesta segunda-feira (13) com destino à Antártica, onde será o principal representante do governo brasileiro na reinauguração. A base fica na Ilha do Rei George.

Centro de pesquisas

Criado em 1982, o Proantar leva ao continente gelado pesquisadores que atuam nas áreas de oceanografia, biologia, glaciologia, química e meteorologia. Os trabalhos são desenvolvidos em acampamentos, navios e estações.

A nova estação ficará no mesmo local da estrutura antiga, instalada em 1984 na Península Keller, dentro da Ilha Rei George. A primeira base abrigou pesquisadores até fevereiro 2012. Um incêndio onde ficavam os geradores de energia do complexo destruiu quase toda a estrutura e provocou a morte de dois militares.

Apesar do incêndio, as pesquisas brasileiras na Antártica não pararam. Na Ilha Rei George, os trabalhos foram desenvolvidos em uma estação provisória, montada ao lado da base consumida pelo fogo. Os “módulos emergenciais” foram usados enquanto os pesquisadores aguardavam o final da reconstrução.

“Essa nova base vai nos dar condições de trabalho e um salto qualitativo nas pesquisas científicas”, diz Paulo Câmara, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) que trabalha na estação.

Pesquisadores brasileiros estão há mais de três décadas desenvolvendo pesquisas no continente por meio do Programa Antártico. Eles não ficam restritos à Ilha Rei George, onde foi instalada a estação. Há, também, trabalhos sendo desenvolvidos no navio Almirante Maximiano e em acampamentos montados em diferentes pontos da Antártica.

“São 14 milhões de km², uma das maiores reservas de gás e de água doce do mundo. 70% da água doce do mundo está aqui”, diz Câmara, que estuda a vegetação antártica.

Há, ainda, o módulo Criosfera 1, um contêiner que coleta dados e foi instalado a cerca de 2,5 mil km de onde fica a estação.

As pesquisas realizadas em solo antártico são variadas e cobrem diferentes áreas do conhecimento. De acordo com um dos editais mais recentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de 2018, as propostas de projetos aprovados vão de geologia a medicina.

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