Econômia

Dívida Pública Federal atinge R$ 7,073 trilhões em outubro, alta de 1,80% | Finanças

A Dívida Pública Federal (DPF) terminou outubro em R$ 7,073 trilhões, conforme divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Tesouro Nacional no Relatório Mensal da Dívida. O número representa alta de 1,80%, sempre em relação ao mês anterior, quando somou R$ 6,948 trilhões.

Considerando os números do Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF encerrou o mês passado dentro dos limites, que variam de R$ 7 trilhões a R$ 7,4 trilhões no ano.

Já a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) alcançou R$ 6,748 trilhões (ante R$ 6,640 trilhões em setembro), alta de 1,62%. Por sua vez, a Dívida Federal Externa somou R$ 325,22 bilhões (R$ 307,34 bilhões em set), alta de 5,82%.

As emissões da DPF corresponderam a R$ 109,80 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 68,27 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 41,53 bilhões.

Desse total líquido, R$ 42,50 bilhões referem-se a emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) e R$ 0,98 bilhão referem-se a resgate líquido da Dívida Pública Federal Externa.

O percentual vincendo em 12 meses da DPF ficou em 18,11%, contra 17,84% em setembro.

Por fim, o prazo médio da DPF ficou em 4,16 anos em outubro, contra 4,18 anos um mês antes.

Considerando a metodologia “Average Term to Maturity”, que permite melhor comparação do Brasil com outros países, a vida média da DPF manteve-se em 5,53 anos em outubro.

A participação dos papéis pós-fixados na DPF variou de 45,33% em setembro para 45,91% em outubro. Pelos limites do PAF, essa participação deve variar entre 43% e 47% em 2024.

Já os títulos prefixados representaram 22,19% da DPF (contra 23,01% em setembro). Os papéis ligados a índices de preços representaram 27,31% do total (27,25%). Já aqueles ligados ao câmbio ficaram em 4,58% (4,41%).

Pelos parâmetros revisados do PAF, a participação dos papéis prefixados deve ficar entre 22% e 26% da DPF em 2024. Já os atrelados ao índice de preços devem variar de 25% a 29%, enquanto os papéis ligados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7%.

Investidores não-residentes

A participação de investidores não-residentes na dívida mobiliária federal interna (DPMFi) variou de 10,47% em setembro para 10,75% em outubro. Em valores absolutos, a fatia saiu de R$ 695,09 bilhões para R$ 725,28 bilhões.

Os fundos de investimento ficaram com participação de 22,36% (21,50% em setembro). As instituições de previdência fecharam em 23,72% (24,42%). As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 28,59% (28,96%). O governo respondeu por 3,42% (3,49%). Já as seguradoras ficaram com 4,05% (4,07%).

— Foto: Daniel Dan/Pexels

O custo médio acumulado em 12 meses do estoque da DPF fechou outubro em 11,17%, contra 10,80% ao ano registrado no mês anterior.

Já o custo médio da DPMFi ficou em 10,75%, depois de marcar 10,61% em setembro.

No caso das emissões, o custo médio em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 10,78% em outubro (10,74% em setembro). Nesse caso, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) tiveram custo médio de 10,82% (10,73%), enquanto o custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) fechou o mês em 11,20% (11,12%). As NTN-B tiveram custo de 10,59% (10,21%) e as LFTs saíram a 10,78% (10,82%).

O colchão de liquidez da dívida pública terminou outubro em R$ 822,42 bilhões, contra R$ 784,69 bilhões em setembro. O colchão é suficiente para cobrir 6,86 meses de vencimentos de títulos à frente.

Em setembro, o colchão era suficiente para cobrir 7,27 meses de vencimentos à frente.

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