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Putin traz gosto de sangue na boca

 Presidente russo, Vladimir Putin, fala durante reunião com empresários no Kremlin

Ao longo dos anos, alguns líderes ocidentais foram condescendentes demais com Putin, esqueceram-se de que ele estava, está e sempre estará longe de ser um estadista. Putin manda prender quem não concorda com ele, haja vista milhares de pessoas detidas nos últimos dias em Moscou porque condenam a invasão da Ucrânia. É suspeito de ter ordenado o envenenamento de adversários políticos. Os seus planos expansionistas expõem o seu péssimo caráter.

Putin é esperto. Havia tempo que a Ucrânia lhe estava na garganta e, para tomá-la, ele se preparou montando para o país uma reserva de US$ 640 bilhões – sabia que viriam sanções das grandes potencias ocidentais. E montou um dos maiores aparatos militares do mundo, comparável ao dos EUA.

As sanções econômicas não incomodam Putin, ele está bem cacifado. Mas é imprescindível que países democráticos como França, EUA e Inglaterra lhe mostrem que o respeito à soberania das nações mais fracas e frágeis tem de ser cultivado. O massacre aos ucranianos pode terminar enquanto esse texto estiver sendo escrito, mas alguma resposta os democratas liberais têm de dar, e só resta o caminho igualmente militar – como a dizer: não, Putin, você não é o mais forte do planeta.

O problema é que essa trilha do confronto militar jogaria o mundo em uma terceira grande guerra. E é claro e natural que as potências que compõem a OTAN se perguntam: vale a pena esse enorme sacrifício para defender um país feito a Ucrânia? Lá reina a corrupção e lá também se prendem pessoas a torto e a direito – o que não justifica em hipótese alguma a invasão.

Então, fazer o quê? Um ponto é certo: ainda que seja uma resposta pelas armas que tenha somente o intuito de assustar, ela tem de ser colocada em prática. Caso contrário, ficará plantado no mundo, como nos tempos da chamada Guerra Fria, o exemplo que uma nação forte pode invadir uma nação fraca em força bélica (o governo da Ucrânia clamava ao povo para resistir com simples coquetéis do tipo molotov), e nada lhe acontecerá de punição. Ou seja, o ex-agente da KGB não pode crescer mais do que já o deixaram crescer. É urgente colocar-lhe limites. Mostrar-lhe que o Kremlin não é o umbigo do mundo.

Putin traz gosto de sangue na boca
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