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Justiça decreta prisão preventiva de PM que executou morador da Maré (RJ)

Rafael Cardoso — Dependência Brasil

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta sexta-feira (9) prender preventivamente o policial militar que matou ontem o jovem Jefferson de Araújo Costa no Multíplice da Maré, zona setentrião da capital. Ele havia sido recluso em flagrante pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, depois de prestar testemunho, na noite de quinta-feira.

No texto da decisão, o juiz entende que “a seriedade concreta do delito e periculosidade do agente justificam a premência da decretação do encarceramento cautelar noticiado, porquê garantia da ordem pública”. E que a “soltura incutirá temor e instabilidade nas testemunhas por se verem constrangidas a partilhar o mesmo envolvente social com o suspeito”.

O juiz responsável pela decisão também vê elementos para que o caso seja tratado porquê homicídio qualificado, que torna o delito mais grave do que o simples e pode resultar em pena de quatro anos de prisão. A Polícia Social vem tratando o caso porquê homicídio culposo, por considerar que não há intenção de matar.

A nota divulgada pela Polícia Militar diz que o agente foi acionado – junto com companheiros do Batalhão da Maré – para intervir numa revelação, que ameaçava fechar a Avenida Brasil, via expressa que liga a zona oeste ao meio do Rio. A arma e a câmera corporal foram recolhidas porquê provas para a investigação.

O momento do disparo foi gravado em pelo menos dois vídeos. Neles, é verosímil ver o policial se aproximar de Jefferson e fazer um movimento com o fuzil na direção de Jefferson. Na sequência, é verosímil ouvir o disparo, que acertou a bojo da vítima e gritos de pessoas ao volta. As imagens mostram o soalho ensanguentado. O policial foi embora sem prestar socorro.

INVESTIGAÇÕES

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, disse em uma de suas redes sociais que vai seguir as apurações sobre o caso.

“O jovem Jefferson de Araújo Costa foi brutalmente assassinado na Maré, no Rio de Janeiro, por um policial militar.  Desde ontem acionei a Ouvidoria Pátrio de Direitos Humanos e determinei que acompanhe o caso junto às autoridades responsáveis pela apuração”, escreveu o ministro.

A Defensoria Pública do estado também disse, em nota, estar atenta aos desdobramentos do caso.

“A Ouvidoria-Universal esteve presente no lugar e presta espeque à família da vítima. O Núcleo de Resguardo dos Direitos Humanos da Defensoria já pediu informações às Polícias Militar e Social sobre a operação, muito porquê a instauração de investigação autônoma pelo Ministério Público, porquê determinado pelo Supremo Tribunal Federalista na ADPF 635. A Defensoria Pública se coloca à disposição de todos aqueles que tiverem seus direitos violados”, informou a Defensoria.

Justiça decreta prisão preventiva de PM que executou morador da Maré (RJ)
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