Por Carlos Petrocilo
(Folhapress) – O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) protocolou nesta quarta-feira (13) o pedido de buraco de uma CPI que mira o padre Júlio Lancellotti. O requerimento deve ser votado pelo plenário da Câmara Municipal de São Paulo na semana que vem.
A percentagem só será instalada se houver 28 votos favoráveis ao requerimento, isto é, a maioria absoluta entre os 55 vereadores.
Rubinho afirma que o objetivo é “apurar a honra da pessoa humana, em privativo crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo”.
O vereador vem dizendo que há provas contundentes contra o religioso. Júlio Lancellotti sempre negou as acusações.
No prelúdios desta semana, Rubinho alterou o escopo da CPI, que antes mirava somente as ONGs que atuam na região médio da cidade. De conformidade com ele, tais entidades recebem verba público e exploram os dependentes químicos.
CPI
Inicialmente, o vereador listava uma vez que dois alvos principais o Meio Social Nossa Senhora do Bom Parto, divulgado uma vez que Bompar, e o coletivo A Craco Resiste. Ambos prestam auxílio à população de rua e dependentes químicos no núcleo da capital.
Com a mudança no escopo, o vereador irá direcionar o foco das investigações para Lancellotti, mas diz que não poupará as entidades.
“O escopo foi ajustado para que a Percentagem tenha segurança jurídica para investigar crimes sexuais praticados no contextura das ONGs que atuam com pessoas vulneráveis, mas ainda mantendo a núcleo da CPI”, disse Rubinho.
Segundo o vereador, há dois depoimentos de possíveis vítimas do religioso.
Para convencer os parlamentares sobre a premência de apurar a conduta do padre, Nunes e Milton Leite, presidente da Câmara, enviaram um vídeo que mostra um varão se masturbando durante uma conversa pela internet. O material não tem autenticidade comprovada. Lancellotti diz se tratar de teor adulterado.
O mesmo vídeo também foi compartilhado em 2020, quando Arthur do Val, portanto candidato à Prefeitura de São Paulo, fez denúncia à Igreja Católica. Na ocasião, a igreja arquivou a investigação.
Em fevereiro deste ano, a Arquidiocese afirmou que abriu novidade investigação para apurar a conduta do pároco, depois tomar conhecimento de um “suposto novo veste de doesto sexual”.
O padre sempre rebateu as acusações e disse na ocasião, em nota, que “as imputações surgidas recentemente -assim uma vez que aquelas que sobrevieram no passado- são completamente falsas, inverídicas” e que ele tem “plena fé que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade dos fatos”.
O regimento da Câmara permite a realização de até cinco CPIs simultaneamente. Hoje, estão em curso as CPIs da Enel, da Violência contra Mulher e de Furtos de Fios e Cabos.
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