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EXCLUSIVO: Procuradoria pede cassação de Castro e vice por escândalo de cargos secretos

Por Igor Mello

Em sua última sintoma antes do julgamento do caso, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ) pediu a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ) e de seu vice, Thiago Pampolha (MDB-RJ), por desfeita de poder político e econômico. O processo foi motivado pela geração de milhares de cargos secretos na Instalação Ceperj e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Além da pena por desfeita de poder político e econômico, a PRE-RJ pede que Catro e Pampolha tenham os diplomas cassados e sejam declarados inelegívels.

A sintoma da PRE-RJ é o último estágio antes do julgamento do préstimo na Ação de Investigação Judicial Eleitoral, que tramita desde o termo de 2022 no TRE-RJ. A procuradoria agiu depois os repórteres Igor Mello e Ruben Berta revelarem no portal Uol que a Instalação Ceperj –espécie de IBGE do governo fluminense– foi usada pelo governo Castro para fabricar dezenas de milhares de cargos secretos em programas sociais. Houve desvios generalizados, uma vez que a contratação de funcionários fantasmas e o serviço de cabos eleitorais de candidatos aliados do governador do Rio. Os pagamentos eram feitos em verba vivo na boca do caixa de agências bancárias.

A Uerj também foi utilizada com termo semelhante quando dezenas de milhares de pessoas foram contratadas uma vez que bolsistas em programas de extensão criados às vésperas das eleições, sem transparência ou objetivo evidente. Fantasmas, parentes de políticos e cabos eleitorais receberam quantias milionárias sem trabalhar, com pagamentos mensais que por vezes superavam R$ 30 milénio. Até mesmo o tesoureiro da campanha de Castro, o jurisperito Aislan de Souza Coelho, foi contratado em um dos projetos, tendo recebido R$ 70 milénio em poucos meses sem indicação de que tenha desempenhado de vestimenta qualquer serviço.

Tudo isso levou ao “evidente desequilíbrio do pleito”, segundo a procuradoria, já que “nenhum outro candidato tinha condições de se valer de zero minimamente parecido para fazer frente à investida ilícita” de Castro.

Na ação, a PRE-RJ sustenta que o esquema configurou uma “farra eleitoral”  em que houve “ampla promoção pessoal” de Castro e de seu vice. As verbas movimentadas nos programas com irregularidades na Instalação Ceperj e na Uerj superaram R$ 1 bilhão em 2022, ano em que Castro foi reeleito em primeiro vez com 58% dos votos.

EXCLUSIVO: Procuradoria pede cassação de Castro e vice por escândalo de cargos secretos
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