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STJ julga hoje se Robinho cumprirá condenação por estupro no Brasil

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começa a resolver às 14h de hoje (20) se o ex-jogador de futebol Robinho cumprirá ou não os nove anos de prisão a que foi sentenciado pela Justiça da Itália. Robinho foi sentenciado pelo estupro de uma mulher de 23 anos numa boate em Milão.

A decisão será da Namoro Peculiar do STJ, formada pelos 15 ministros mais antigos do tribunal. É provável que um pedido de vista interrompa o julgamento e adie a decisão, mas segundo a colunista do UOL Carolina Brígido, o tribunal deve homologar a decisão da Justiça italiana.

Posteriormente o julgamento, os ministros vão encaminhar a um juiz de primeira instância a ordem de realização da pena. A prisão, caso a pena seja mesmo homologada, será em regime fechado — de pacto com as leis brasileiras, condenados a um tempo superior a oito anos de prisão cumprem a pena inicialmente nesse regime.

A resguardo do ex-jogador — que disse em entrevista essa semana ter provas de sua inocência, sem no entanto apresentá-las — ainda poderá pedir um habeas corpus ao STF (Supremo Tribunal Federalista) para responder em liberdade até o processo transitar em julgado no Brasil.

O julgamento será transmitido ao vivo no via do STJ no YouTube, a partir das 14h desta quarta-feira.

Robinho: “Isso aí não vai dar em porra nenhuma”

A investigação que terminou com a pena de Robinho e de seu companheiro Ricardo Falco em todas as instâncias na Itália — outros quatro amigos também estavam com eles, mas voltaram para o Brasil e não foram encontrados pela Justiça italiana — grampeou conversas de Robinho com Falco e outros acusados.

Os diálogos são reveladores:

“Por isso que eu tô rindo, não tô nem aí. A moçoila estava extremamente embriagada e nem sabe quem eu sou”, disse Robinho em uma das conversas.

“Se não trespassar na prelo, tá ótimo”, disse o ex-jogador em outro momento, ainda no início das investigações, quando ele achava que o caso não daria em zero.

“Isso aí não vai dar em porra nenhuma. Vou falar a verdade e entregar na mão de Deus. Fiz porra nenhuma.”

Falco corrige Robinho nesse momento: “Mas peraí, eu vi que você pôs o pau na boca dela.”

Nessa hora, Robinho responde dando risada: “Isso aí não é transar”.

Em outro áudio, Robinho muda de versão e confessa:

“Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois eu saí fora. Os caras continuaram lá.”

Robinho passa logo a consentir o que negava, mas diz que tudo foi consensual:

“É, eu comi, pô! Porque ela quis. Onde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os rosto continuaram lá”.

Em um dos diálogos, Robinho diz ao companheiro Ricardo Falco que a vítima “sabia” que eles não tinham feito zero: “A gente vai dar um soco na rosto dela. Tu vai dar um sopapo na rosto, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo? Eu fiz alguma coisa?’ E eu, se eu fiz alguma coisa com a mina, não foi zero forçado”.

À medida que a investigação avançava, o ex-jogador começou a sentir temor. À estação, Robinho tentava voltar a jogar pela seleção brasileira.

“Se essa porra trespassar na prelo, já era Despensa, já era tálamo. De novo culpado de estupro. Aí nego vai falar um monte de merda, foder minha imagem, de novo essa merda.”

A albanesa vítima do estupro coletivo voltou para a faculdade e se formou em recta. Agora advogada, ela pretende ajudar outras vítimas de crimes sexuais.

STJ julga hoje se Robinho cumprirá condenação por estupro no Brasil
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